segunda-feira, 18 de março de 2013

Tribunais devem regulamentar entrega de declaração de bens de magistrados e servidores


15/03/2013 - 17h07


Tribunais devem regulamentar entrega de declaração de bens de magistrados e servidores


















O corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, recomendou aos tribunais de todo o país que regulamentem a entrega anual da declaração de bens e rendas de seus magistrados e servidores. A obrigatoriedade da entrega anual das declarações de bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário está prevista na Lei 8.730/1993.
De acordo com a Recomendação 10/2013, assinada pelo ministro na última quarta-feira, a regulamentação deve contemplar, preferencialmente, a entrega da declaração por meio eletrônico ou a autorização de acesso às declarações de bens e rendas, a fim de minimizar o impacto ambiental que poderia ser causado pelo armazenamento em meio físico.
A Corregedoria sugere ainda que as normas a serem editadas pelos tribunais fixem um prazo para a entrega das declarações, e que esse prazo não seja superior a 30 dias após o prazo final para entrega da declaração à Receita Federal do Brasil.
A recomendação pede ainda que os tribunais coletem as declarações de bens e rendas de magistrados e servidores, independentemente de serem ocupantes de cargo em comissão. A Corregedoria sugere que a coleta das declarações seja feita, inclusive, em relação ao período anterior aos últimos cinco anos.
As declarações, segundo a Recomendação, deverão ficar à disposição da Corregedoria Nacional de Justiça durante as inspeções e correições.

Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias


www.cnj.jus.br/3jtc

segunda-feira, 11 de março de 2013

Presidente do CNJ defende atualização das estratégias de combate à lavagem de dinheiro

11/03/2013 - 17h08


Gláucio Dettmar/ Agência CNJ
Presidente do CNJ defende atualização das estratégias de combate à lavagem de dinheiro
O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, defendeu nesta segunda-feira (11/3) uma atualização das estratégias de combate à lavagem de dinheiro. Na abertura do Seminário Nacional:Inovações e Desafios da Nova Lei sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro, promovido pelo CNJ no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro afirmou que o direito penal precisa se adaptar à nova criminalidade, cada vez “mais complexa e perniciosa”.
Segundo o ministro, é necessário adequar a atuação estatal à economia globalizada, em que grandes organizações criminosas transferem os produtos de suas atividades ilícitas entre países, independente das fronteiras. “O combate à criminalidade em sua instrumentalidade original não é mais satisfatória”, afirmou.
As novas estratégias de criminalização da lavagem de dinheiro garantem proteção tanto à economia quanto às relações sociais, de acordo com Barbosa. “Para além da proteção do sistema econômico, o que se busca é a preservação da higidez da nossa institucionalidade, das nossas relações sociais. Daí porque o crime não pode ser uma forma de ganho”, disse. “Os contornos dessa criminalidade, que se vale do conhecimento das brechas do direito para insidiosamente esconder os produtos dos seus ganhos e subverter a segurança pressuposta nas relações econômicas devem ser veementemente repelidos pelo poder punitivo do Estado”, defendeu.
O ministro fez um histórico das formas de criminalização da lavagem de dinheiro nos planos nacional e internacional ao elogiar o aprimoramento dos mecanismos de controle dessas atividades ilícitas e da legislação. Segundo o ministro, a evolução deveu-se às críticas à aplicação da lei e à observação das dificuldades da investigação desse tipo de delito. O ministro citou a criação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e a Lei 12.683/12, que tornou mais abrangente a tipificação dos crimes. “Os números obtidos ressaltam a importância das reflexões que serão feitas neste seminário: a nova legislação  sobre o crime de lavagem de dinheiro, as dificuldades na investigação, a necessidade de maior interação no uso dos mecanismos de controle das atividades financeiras e bancárias são alguns dos tópicos que serão levantados nos debates que aqui se travarão”, afirmou.  
Barbosa ressaltou a importância das discussões que serão promovidas pelo seminário do CNJ para o aperfeiçoamento das práticas de combate à lavagem de dinheiro. “ O enfoque atento pretendido reforça a importância do combate à criminalidade como forma de assegurar o regime democrático e a segurança das instituições. A ignorância desses aspectos não pode nos levar à omissão negligente ou à perseguição descontrolada. O compromisso com a Constituição e com a legislação vigente é o nosso mote constante, em relação ao qual nunca devemos transigir”, concluiu.
O Seminário sobre Lavagem de Dinheiro prossegue nesta terça-feira, na sede do TST, em Brasília. Clique aqui para acessar a programação.
Manuel Carlos Montenegro

Agência CNJ de Notícias

Fonte: 
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/23889-presidente-do-cnj-defende-atualizacao-das-estrategias-de-combate-a-lavagem-de-dinheiro